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22 de março de 2018
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12:56

Movimentos sociais ocupam área da Coca-Cola para denunciar exploração comercial da água

Por
Sul 21
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Protesto denuncia o caráter mercantilista do fórum patrocinado por conglomerados multinacionais. (Foto: Guilherme Weismann/MST)

Da Redação

Na madrugada desta quinta-feira (22), cerca de 350 militantes de diferentes movimentos sociais populares ocuparam, na madrugada desta quinta-feira (22), o parque industrial da Coca-Cola, nos arredores de Brasília, com o objetivo de “denunciar a ação da multinacional na tentativa de espoliar os bens naturais do país, particularmente as águas”. Segundo esses movimentos, o 8º Fórum Mundial da Água, que está ocorrendo esta semana na capital federal, é uma “rodada de negociações promovida pela ONU para vender as águas para multinacionais”.

Os manifestantes apontam que empresas como Nestlé, Coca-Cola, Danone, entre outras, estão avançando sobre os maiores aquíferos do planeta, entre eles as grandes reservas de água doce localizadas no Brasil. Nas semanas anteriores ao evento da ONU com as corporações, assinalam, já circulou no Congresso Nacional a intenção de quantificar o preço do maior deles, o Aquífero Guarani.

Foto: Divulgação

Em janeiro,  Michel Temer participou de jantar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, com o CEO da Nestlé, Paul Bulcke, e de outras empresas, como Ambev, Coca-Cola e Dow, que compõem o grupo 2030 Water Resources Group (2030WRG), consórcio interessado em privatizar recursos hídricos.

“Denunciamos as transnacionais Nestlé, Coca-Cola, Ambev, Suez, Brookfiled (BRK Ambiental), Dow AgroSciences, entre outras que expressam o caráter do ‘fórum das corporações’”, escreveram os movimentos em manifesto divulgado, remetendo-se ao evento organizado com a presença das multinacionais em Brasília. Para os movimentos, a intenção é privatizar este e outros aquíferos para produção de bebidas.

Participaram da ação militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).


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